sexta-feira, 19 de abril de 2013

AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DE TÉRMICAS NA MATRIZ


Economia no uso-final da energia As chuvas terminaram e os reservatórios atingem 2/3 da capacidade máxima. Não encheram, mas vão encher nos próximos anos com a utilização de térmicas na base. A inserção mais frequente de térmicas colocadas na base obriga hidroelétricas – agora em menor proporção – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência. A participação de térmicas – que já é de 1/3 – em breve chegará a ½ a 1/2, com as térmicas na base e as hidroelétricas cada vez mais afastadas para a ponta. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Diríamos que não só combustíveis mais baratos mas processos mais eficientes na produção e consumo de energia. Ou, como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Como gastar menos com as térmicas rodando muito? Resposta: gastando de maneira mais eficiente no uso-final da energia. Ou, em outras palavras: produzir simultaneamente os dois tipos de energia: calor e trabalho. Os dois tipos de energia estão presentes em um mesmo processo de transformação. São inseparáveis: não se pode aperfeiçoar um negligenciando o outro. Exemplificando: – Se vamos instalar uma térmica à gás ela deve estar junto de outra convencional a vapor para reduzir o consumo de combustível fóssil, sem que precise ser desativada. – O próximo leilão de energia deverá incluir pelo menos três novas térmicas movidas a carvão. O mais correto é sejam usinas combinadas com térmicas a gás. Ambas produzindo energia com rendimento próximo de 60%, economizando o combustível da térmica convencional.

terça-feira, 2 de abril de 2013

ERROS CONCEITUAIS:


ERROS CONCEITUAIS: – O governo projeta hidroelétricas de fio d’água na Amazônia que não geram energia e para as quais não existe demanda nos próximos 5 anos, segundo o próprio ONS. Se os reservatórios são pequenos – para contornar custo sócio ambiental – se tornam inúteis para o fim de armazenamento de energia potencial. Por outro lado, com grandes reservatórios perdem economicidade. As únicas usinas viáveis são as pequenas turbinas de bulbo para uso local. Assim mesmo requerem complementação térmica nos períodos secos, comuns na Amazônia. Entretanto, são poucas as possibilidades de armazenamento de água para fins de estoque de energia potencial, dadas as baixas altitudes. É o próprio ONS que reconhece a necessidade de complementação térmica para suprir a crescente incapacidade dos reservatórios de auto regulação do sistema. “Não há milagre,... será impossível operar o sistema elétrico brasileiro sem a existência de uma complementação das térmicas." –Faz leilões conjuntos de hidroelétrica, eólica e termoelétrica – visando a modicidade – quando deviam ser segregados por tipo – para ter mais segurança. Não são fontes concorrentes: cada uma tem um fim específico. Exemplo: eólicas complementam localmente hidroelétricas no NE; térmicas a gás substituem reservatórios e complementam localmente hidroelétricas no SE. Podem se tornar do tipo combinada quando agregadas às térmicas antigas, que não precisam ser desativadas. E o pior é que todo mundo sabe disso e não pode fazer nada, principalmente os técnicos do MME, ONS, GESEL, IEE – aliás bons técnicos por sinal – cujos nomes já foram inúmeras vezes citados. Só o governo é que não sabe ou não quer, para não ferir suscetibilidades. Quem não sabe – a esta altura – que a proporção de térmicas e hidroelétricas vão chegar rapidamente a ½ a ½ e os reservatórios vão permanecer quase cheios, com hidroelétricas na ponta como garantia de algum surto inesperado? Enfim a 11ª rodada vem aí, em maio, já com certo atraso. Quando a presidente vai atender insistentes pedidos da eficiente presidente da Petrobras e equilibrar preços internos nas distribuidoras com os preços de mercado?