quarta-feira, 26 de junho de 2013

TSUNAMI II: O RETORNO


O “Tsunami I” – que tanto irritou a presidente – produziu a valorização do Real frente ao Dólar e levou ao consumo de bugigangas importadas. No passado recente o país temia o “tsunami de dólares” e reduziu taxa de juros (Selic). Agora teme a “calmaria de dólares” reduzindo IOF e intervindo no mercado. Sempre soube que mais dia menos dia os dólares acabariam por voltar ao seu local de origem e porto seguro. Só não sabia quando. Desta vez – não mais como consumo de mercadorias baratas – mas como investimento. A alta do dólar foi o primeiro resultado do anúncio cauteloso da retirada gradativa do estímulo (Tsunami de dólares) pelo do presidente do FED, que agora se aposenta. O sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA combinado com a eliminação dos estímulos traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina e etanol. A exploração do gás de xisto nos EUA registrou produção recorde em 2012 e o sucesso acabará refletindo no preço comodities inclusive o petróleo que já dá sinais de baixa no preço do barril. Eventos simultâneos: – Valorização da moeda dólar, que já está ocorrendo. – A exploração gera um ambiente propício ao investimento. – Retorno dos dólares devido a eliminação dos estímulos. – Aumento da taxa de juros do FED.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

CONSENSO DE TECNICOS


REFERENCIA DE TÉCNICOS Nivalde de Castro professor da Coppead. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS”. A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente. Comentário: Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro. Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita. Roberto Pereira D'Araújo do Instituto Ilumina. “As usinas hidroelétricas geram 90% da energia e apenas ½ da capacidade térmica – apesar de ter predominância de hidroelétricas.” Comentário: concordo, usa de maneira ineficiente as 2 formas de energia. Exemplo: usou eletricidade para produzir calor e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível. Altino Ventura do MME. "As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas". "Não teremos mais reservatórios como Sobradinho, Furnas, Itumbiara, Serra da mesa. Não há mais lugar para a construção de usinas com essas dimensões" “Nosso sistema é hidrotérmico, não baseado apenas em hidrelétrica”. Eu não consigo atender o mercado só com os 75% de participação que as hidrelétricas oferecem. E nós não estamos proibidos de fazer usinas a carvão. Comentário: também não concordo, mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares. Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade. Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente. Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencionais existentes.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

TO BE OR NOT


“TÉRMICAS: DESLIGA OU NÃO: EIS A QUESTÃO” O governo age às cegas, cada hora uma mudança em favor da modicidade esquecendo a segurança. Porque a pressa em desligar 4 térmicas a diesel inexpressivas? – Roberto Pereira D’Araújo – autoridade no assunto – manteria todas térmicas ligadas. – “Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar” (Nivalde de Castro). – Pingueli Rosa diz que deveriam ter sido ligadas antes de outubro. – Altino Ventura afirma que térmicas fazem parte de um sistema já hidrotérmico. Térmicas nunca deveriam ter sido desligadas: deveriam ser permanentes. A desculpa de sempre são os ambientalistas. Enquanto isso a demanda por energia continua em alta no setor de serviços devido aos estímulos ao consumo, mesmo com o fraco crescimento da economia. Com quem ficamos? Há uma saída? Uma possível saída seria apelar para as empresas – que já estão motivadas – no sentido de usar seus geradores de reserva nos momentos de pico. Já estão fazendo isso com medo do racionamento. Outro argumento para não desligar térmicas – mesmo aquelas a diesel – está no elevado potencial de produção das hidroelétricas nos horários de pico. Um bom exemplo é Serra da Mesa que nunca encheu completamente. Altino Ventura tem apontado constantemente que o sistema tem utilizado hidroelétricas para produzir energia em detrimento das térmicas que oferecem mais segurança, por motivos óbvios. Isto tem sido a causa principal do risco atual e futuro. Fontes alternativas, como a eólica, são intermitentes e não manipuláveis. Não estamos proibidos de usar térmicas convencionais a carvão e muito menos nucleares, cujo suprimento é inesgotável. O problema destas térmicas convencionais está no “processo”. São térmicas antigas que requerem caldeira a vapor de baixíssimo rendimento. Acontece que estamos usando energia de maneira ineficiente. Ora usamos fontes térmicas (combustível) para produzir potência (KW) nos picos diários de demanda, ora, usamos hidroelétricas para produzir energia (KWh), constantemente. Não demora, estaremos usando térmicas a combustível fóssil para finalidade de aquecimento quando seria mais barato queimar diretamente o combustível, como fazem os países de clima frio no aquecimento de residências.