REFERENCIA DE TÉCNICOS
Nivalde de Castro professor da Coppead.
“O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”.
“Algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS”. A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente.
Comentário: Não só isso, diríamos, processos que levem em conta o aproveitamento integral do combustível na produção e consumo das 2 formas de energia: calor e eletricidade, que são indissociáveis. Não se pode aperfeiçoar um sem negligenciar o outro.
Não se pode perder de vista que o consumo de energia para finalidade de aquecimento é muito maior do que a produção energia elétrica propriamente dita.
Roberto Pereira D'Araújo do Instituto Ilumina.
“As usinas hidroelétricas geram 90% da energia e apenas ½ da capacidade térmica – apesar de ter predominância de hidroelétricas.”
Comentário: concordo, usa de maneira ineficiente as 2 formas de energia. Exemplo: usou eletricidade para produzir calor e deixa térmicas paradas que poderiam substituir o estoque de energia potencial dos reservatórios por estoque potencial de energia química contida no combustível.
Altino Ventura do MME.
"As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas".
"Não teremos mais reservatórios como Sobradinho, Furnas, Itumbiara, Serra da mesa. Não há mais lugar para a construção de usinas com essas dimensões"
“Nosso sistema é hidrotérmico, não baseado apenas em hidrelétrica”. Eu não consigo atender o mercado só com os 75% de participação que as hidrelétricas oferecem. E nós não estamos proibidos de fazer usinas a carvão.
Comentário: também não concordo, mas não acho que devam ser construídas mais usinas a carvão. Basta as que já estão. Não por causa do combustível, mas pelo “processo de caldeira a vapor de baixíssimo rendimento, verdadeira reminiscência arqueológica” do qual não escapa nem as nucleares.
Precisamos mais de térmicas combinadas a gás que aproveite integralmente a energia química do gás na produção das 2 formas de energia: calor e eletricidade.
Fontes alternativas, como a eólica, não vão cumprir a função de geração básica do sistema. Embora limpa, a produção é intermitente.
Potenciais da Amazônia têm ampla utilização local quando subutilizados na forma de usinas de bulbo para geração distribuída e complementada por térmicas a gás natural e convencionais existentes.