quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SEM CONCORRÊNCIA NÃO HÁ VENCEDOR


LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS Não foi, tipicamente um leilão no conceito a que estamos habituados, com vários consórcios concorrentes. Foi um leilão de perdedores: perde o leiloeiro (união) que vai receber menos na repartição do lucro petróleo – obviamente pela falta de concorrente. Perde a Petrobras que – já tendo a garantia mínima de 30% de participação como operadora única – foi obrigada a pagar 10% a mais em um momento de dificuldade de caixa. Aquele que faz o serviço da exploração recebe mais e não menos lucro futuro ao contrário do “leilão português”: no qual quem oferece o menor lance “carrega o piano”. Um leilão na forma de concessão traria mais recursos para exploração de outros campos, diretamente pela Petrobras na forma de prestação de serviço como sugere o professor da USP Ildo Sauer. LEILAO DE LIBRA NO PAÍS DAS MARAVILHAS A existência de um vencedor requer a participação física de pelo menos mais um consórcio oponente. Como pode haver vencedores se não há concorrentes? Quais foram os vencidos. Faz lembrar “Alice no País dos espelhos”, de Lews Carol, quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta: ao final chegaram todos juntos na hora combinada e todos vão receber as medalhas!”

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