quarta-feira, 8 de julho de 2015


CONDIÇÕES HISTÓRICAS Alguns (planejadores) chegavam ao extremo detalhe de relacionar de forma quantitativa essa idéia: “para que o PIB cresça 7%, o suprimento de energia precisa crescer a 10%”, como que predispondo suprimento com margem para garantir o crescimento do PIB per cápita. Essa era a tônica dos preâmbulos dos planos de desenvolvimento da década de 60. Outra crença em voga na época era de que o quadro permanecesse independente das circunstâncias históricas. Na verdade, é muito difícil perceber e reproduzir as condições históricas que produziram desenvolvimento em alguns países e outros não. A idéia aceita universalmente de que “o desenvolvimento requer grande aumento no uso de energia per cápita” ou “a aceitação tácita de que energia produz desenvolvimento” é apenas uma comprovação óbvia de um passado com abundância de recursos. Hoje, num quadro de escassez, não é mais imprescindível o grande uso de energia para se ter crescimento do produto bruto per cápita, como demonstram alguns países do Leste Asiático que conseguiram o mesmo objetivo sem recorrer ao aumento expressivo do uso de energia. Simplesmente “queimaram etapas” intermediárias dos países industrializados, ao ingressarem na fase da economia dos serviços, das tecnologias da informação e da eletrônica. Algo semelhante é evidenciado pelas mudanças estruturais ocorridas nos países industrializados, que tambem cresceram com diminuição do consumo de energia, entre 1975 e 1983, coincidindo com a experiência inédita de cooperação espontânea entre transnacionais e países em desenvolvimento.

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