domingo, 5 de julho de 2015


Se tivéssemos utilizado 10 períodos de seis meses, o resultado seria mais preciso. A taxa de crescimento neste caso seria 15 % (fator 1.15) em cada seis meses. Outra explicação: Suponhamos que todos os anos sejam abatidos 40 milhões de cabeças de bois de 16 arrobas em média, entre 14 e 18 arrobas. Suponhamos que o rebanho seja distribuído uniformemente nas diversas faixas de 40 milhões de cabeças (cinco faixas de 40 milhões). Para manter a mesma pressão sobre o solo de 10 arrobas por hectare estes bois ocuparão a área de: 40 x 16 / 10 = 64 milhões de hectares Para manter os 40 milhões de cabeça anteriores entre 10 e 14 arrobas seria ocupada a área adicional de: 40 x 12 / 10 = 48 milhões de hectares. Ou seja, para manter 80 milhões de cabeças com peso acima de 10 arrobas (40 %), é ocupada a área de 112 milhões de hectares (56 %), conclusão: mais da metade dos 200 milhões de hectares disponíveis é ocupada com bois pesando acima de 10 arrobas e menos que a outra metade é ocupada com bois pesando até 10 arrobas. Resumindo: --50 % da área total para cria de garrotes até 10 arrobas e, --50 % da área total para engorda de bois pesando acima de 10 arrobas. 64 milhões de hectares poderiam ser liberados facilmente para atividades mais eficientes, com plantio de grãos (eufemisticamente chamados de alimentos pelos países industrializados e emergentes); produção de cana para produzir combustível e açúcar; plantações de florestas artificiais cultivadas para produção de papel e celulose; idem para produzir aço de qualidade; idem para produção de combustíveis líquidos, etc. Todas são alternativas imensamente mais importantes para o país e para o mundo todo, do que a atividade predatória de engorda extensiva de bois. Esta foi uma atividade permitida nos anos de fartura de terras disponíveis de fronteiras agrícolas.

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