domingo, 5 de julho de 2015

forma viável de confinamento


A única forma viável de confinamento acontece em unidades em que diversas atividades complementares estejam presentes, cada uma produzindo subprodutos que seriam insumos de outras. Por exemplo, plantação de grãos e alimentos junto com confinamento de bois associados a uma usina de álcool e um frigorífico para abate. Se o Brasil, um país periférico, tem poucas chances de influir no cenário internacional, tem opções, entretanto. Deve persistir no propósito de reverter uma tendência secular, reduzindo a engorda de bois em regime extensivo. Este propósito está em perfeita consonância com a necessidade de preservar não só a floresta amazônica como tambem conter o excesso de pastagens degradadas. O mundo todo acabará por perceber que o excessivo transporte de mercadorias baratas (grãos) não é conveniente para ninguém porque acabará pressionando o uso eficiente da terra, da energia e dos combustíveis; todos fatores igualmente limitados. Por mais anacrônica que possa parecer a exportação de “boi em pé”, anunciada ultimamente, ela tem uma boa justificativa: ao invés de exportar um boi gordo de dezesseis arrobas para ser desmanchado nos países industrializados e emergentes, são exportados garrotes de até dez arrobas para serem confinados nos paises de destino. O Brasil já tem tradição na criação de linhagens zebuína e industrial (Simental) que confere ao país a posse de uma tecnologia especial. Acresce o fato de que “criar gado é mais fácil do que engordar, pois ocupa espaço menor”. Ocupando menos da metade da área degradada é possível exportar garrotes selecionados, de alta qualidade e precoces, se os preços justificarem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário