domingo, 5 de julho de 2015


TERRA PARA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL Ainda segundo os cálculos aritméticos do professor Cerqueira Leite, “para substituir todo o combustível fóssil consumido hoje por etanol, incluídas tecnologias que aproveitassem integralmente todo o resíduo linho-celulósico da produção de álcool, cereal e madeira, seriam necessários 400 milhões de hectares”, tal a facilidade na produção da energia de aquecimento. Essa é a razão do sucesso do etanol brasileiro que não é devidamente compreendida pelos representantes dos países industrializados. A cana é um planta energética por excelência. A produtividade anual média no Estado de São Paulo é de 85 toneladas de cana por hectare, enquanto que a produtividade do milho é de 10 toneladas e a da soja é de 4 toneladas por hectare. Tudo na cana é transformável em combustível, enquanto a soja, que é uma oleaginosa, pequena quantidade de energia pode fornecer. É por essa razão que não vale a pena extrair combustível de grãos de soja (ou de grãos de milho) “Um bom substituto para o petróleo deve ser encontrado naquilo que constitui a sua origem que são as florestas e plantas energéticas”. Argumentos surrados, utilizados pelo governo brasileiro, de que o etanol não concorre com a produção de alimentos não são bem compreendidos pelos representantes dos países industrializados. Não precisa explicar, por exemplo, que a área de cana é inferior a 2% da a área de pastagem e inferior a 10% daquela destinada à produção de alimento. A explicação é óbvia, para qualquer físico, medianamente informado.

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