Perguntamos: porque o confinamento não acontece no Brasil e em alguns outros países? Algumas explicações plausíveis:
Não existem mercados consistentes para a carne de boi confinado. Suscita muitas desconfianças sanitárias por parte dos países importadores (mal da Vaca louca, brucelose, aftosa, etc).
Países emergentes preferem agregar valor em seus próprios territórios mesmo com importação de grãos mais caros, ocasionada pelo transporte excessivo de mercadorias baratas (1 r$ / Kg de soja e 60 centavos por Kg de milho). Mão de obra desocupada torna o custo da agregação praticamente zero nos países populosos.
Produtores brasileiros recebem 70 centavos por Kg de soja e 35 centavos por Kg de milho.
Alguns países importam a carne pronta do Brasil em razão da sua qualidade (carne verde).O custo para o país é a perda de patrimônio.
Do ponto de vista sanitário é mais seguro para os importadores importar grãos do que carne pronta congelada de boi confinado.
A produção de alimentos protéicos é tão restritiva que provoca aumentos consideráveis na procura por grãos, antes da procura por carne.
Os confinadores prováveis de bois fazem as contas e percebem claramente que não compensa a empreitada. Vejamos, se comprar a ração e o volumoso, mesmo desprezando o custo de capital, teríamos o custo diário para um boi confinado em reais:
6 kg por dia de ração à 0.50 reais por kg........ 3.00
20 kg de volumoso à 0.05 reais por kg............ 1.00
Mão de obra e outros serviços.........................0.50
Total sem serviços......................................... .4.50
Durante 100 dias seriam gastos 400 reais.
Ora, este valor é superior ao valor de quatro arrobas ganhas com confinamento. Como dizem os boiadeiros: o confinador sai comprando as arrobas ganhas. Eles têm razão em afirmar que não dá lucro.
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