Antes a Petrobras queimava gás natural --extraído junto com o petróleo -- por falta de usuários. Mas, agora a mesma rede construída que também trás o gás boliviano, serve também para levar.
Justo agora que o consumo industrial foi estimulado e que o Operador Nacional do Sistema despacha termoelétrica (mesmo com reservatórios cheios) a empresa projeta consumo de gás maior do que a demanda e modifica planos de investimento cortando gastos em gás e energia. Adia projetos que aumentam consumo de gás próprio, como termoelétricas.
De subproduto, o gás natural virou produto essencial para indústrias e termoelétricas. Quando mais se precisou da produção da Petrobras a empresa corta investimentos.
Importação de gás liquefeito quanto gasoduto para transporte de gás não liquefeito leva tempo e a Petrobras passa da condição de exportador para importador líquido como já acontece com a gasolina.
O gás natural não é renovável, muito menos deixa de ser poluente, mas indiretamente permite o aproveitamento mais eficiente da energia através do uso integral do combustível com rendimento elevado em usinas combinadas de co-geração, adiando a construção das grandes hidroelétricas da Amazônia. Economiza combustível poluente e bagaço de antigas usinas térmicas a vapor: “verdadeira reminiscência arqueológica da revolução industrial”.
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