segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

POLÍTICA SUICIDA


POLÍTICA SUICIDA Manter baixo o preço dos combustíveis facilita a vida dos novos usuários e dos produtores de commodities. Mas não produz empregos relevantes na agricultura e mineração que utilizam meios tecnológicos, intensivos em capital. Por outro lado penalizar o já combalido setor industrial com altas tarifas reduz a competitividade no setor que mais emprega. Hoje, o setor que mais emprega é o de serviços. Mas os empregos são pífios: vendedores de quinquilharias importadas em troca de alimentos e minérios. Chegamos a economia de serviços sem completar a infraestrutura do setor industrial. Não há emprego suficiente para todo mundo. Cada desempregado se torna dono de uma microempresa que gera emprego para si próprio e sua família. Muitos produtores de insumos básicos (Al e Fe) estão de mudança. Os que permanecerem vão ter que produzir eles próprios a energia de que necessitam. È viável? Creio que sim, desde que a energia seja produzida localmente, de forma distribuída. TARIFAS NÃO FORAM CONTEMPLADAS A excessiva penalização das tarifas de eletricidade junto com o congelamento do preço dos combustíveis é um obstáculo a adoção de veículos mais leves e eficientes que aliviariam o trânsito caótico e a poluição local das grandes cidades, tanto “flex” quanto híbridos elétricos. Subsidiar transporte e produção de comodities pode tornar alimentos mais baratos ao trabalhador, mas não produz empregos relevantes na agricultura e mineração que utiliza meios tecnológicos. Ao contrário, penalizar a produção industrial por meio de tarifas elevadas reduz a concorrência do país, justamente nas indústrias mais ocupadoras de mão de obra: alimentos, têxteis e manufaturas. O grande sucesso atribuído ao agro-negócio e mineração se deve aos subsídios ao combustível (álcool, diesel e gasolina) que tanto criticamos quando praticado pelos países industrializados. Estamos, sem o saber, ganhando a batalha, mas perdendo a guerra para os chineses e indianos.

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