segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ESTOQUES REGULADORES


Produtores americanos já não temem a concorrência do etanol procedente do Brasil. Estão cientes do impulso que a Lei de Energia dos EUA dá ao consumo de biocombustíveis. Um acordo entre os dois maiores produtores será bastante viável uma vez que a produção de um é complementar a do outro, desta forma, dispensando estoques reguladores (de milho e etanol). Não há dúvida, como observam os produtores, de que a nova posição americana é um poderoso incentivo para o aumento da produção brasileira de etanol. Estima-se que serão necessários investimentos da ordem de US$ 156 bilhões até 2020, com a construção de 120 destilarias, para possibilitar a exportação de 13,5 bilhões de litros de etanol para o mercado americano. OPORTUNIDADES As oportunidades estão abertas a todos. Há um mercado interno a ser reconquistado, aquele que se perdeu por causa da baixa competitividade do etanol e da menor oferta do produto. Embora continue elevada a proporção de veículos novos flex nas vendas para o mercado interno, estima-se que,nos últimos dois anos, o volume de carros abastecidos com etanol diminuiu de 60% para 35% da frota. E há, agora, o imenso mercado americano que se abre para os produtores de outros países, a começar pelo Brasil. São possibilidades que investidores nacionais e estrangeiros certamente considerarão em seus planos para os próximos anos. Uma aberração. É o fim da picada: exportar etanol de cana e importar etanol de milho. Duzentos milhões de Hectares de pastagens degradadas estão disponíveis para plantação de cana, soja e milho sem que seja necessário devastar a Amazônia para criação de gado solto. Se o etanol de milho não é mais viável nos Estados Unidos – e a FAU pede a sua proibição – só agora estão percebendo que pode ser viável no Brasil em locais distantes: – Utiliza a mesma instalação ociosa da fabricação de cana: moagem, fermentação, caldeira, as dornas e colunas. – Evita o passeio inútil do milho para os portos e do etanol distante. – Pode ser processado no mesmo ano em até duas safras sem necessidade de estoques (milho safrinha). – Pode ser consumido no mesmo local de produção, evitando o transporte de etanol. – A colheita deixa restos na lavoura e o transporte do grão é muito mais barato do que o transporte de água e bagaço contidos na cana. De acordo, em parte, com a entrevista de José Luiz Oreiro, mas não totalmente pelas mesmas razões: o Pre-sal é tão volumoso quanto a quantidade e porte das usinas e reservatórios projetados para a Amazônia. Sou cético também com pré-sal e o aquecimento global antropogênico. Ao meu ver, uma seita a mais como tantas outras seitas religiosas.

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