Produtores americanos já não temem a concorrência do etanol procedente do Brasil. Estão cientes do impulso que a Lei de Energia dos EUA dá ao consumo de biocombustíveis.
Um acordo entre os dois maiores produtores será bastante viável uma vez que a produção de um é complementar a do outro, desta forma, dispensando estoques reguladores (de milho e etanol).
Não há dúvida, como observam os produtores, de que a nova posição americana é um poderoso incentivo para o aumento da produção brasileira de etanol. Estima-se que serão necessários investimentos da ordem de US$ 156 bilhões até 2020, com a construção de 120 destilarias, para possibilitar a exportação de 13,5 bilhões de litros de etanol para o mercado americano.
OPORTUNIDADES
As oportunidades estão abertas a todos. Há um mercado interno a ser reconquistado, aquele que se perdeu por causa da baixa competitividade do etanol e da menor oferta do produto.
Embora continue elevada a proporção de veículos novos flex nas vendas para o mercado interno, estima-se que,nos últimos dois anos, o volume de carros abastecidos com etanol diminuiu de 60% para 35% da frota.
E há, agora, o imenso mercado americano que se abre para os produtores de outros países, a começar pelo Brasil. São possibilidades que investidores nacionais e estrangeiros certamente considerarão em seus planos para os próximos anos.
Uma aberração. É o fim da picada: exportar etanol de cana e importar etanol de milho. Duzentos milhões de Hectares de pastagens degradadas estão disponíveis para plantação de cana, soja e milho sem que seja necessário devastar a Amazônia para criação de gado solto.
Se o etanol de milho não é mais viável nos Estados Unidos – e a FAU pede a sua proibição – só agora estão percebendo que pode ser viável no Brasil em locais distantes:
– Utiliza a mesma instalação ociosa da fabricação de cana: moagem, fermentação, caldeira, as dornas e colunas.
– Evita o passeio inútil do milho para os portos e do etanol distante.
– Pode ser processado no mesmo ano em até duas safras sem necessidade de estoques (milho safrinha).
– Pode ser consumido no mesmo local de produção, evitando o transporte de etanol.
– A colheita deixa restos na lavoura e o transporte do grão é muito mais barato do que o transporte de água e bagaço contidos na cana.
De acordo, em parte, com a entrevista de José Luiz Oreiro, mas não totalmente pelas mesmas razões: o Pre-sal é tão volumoso quanto a quantidade e porte das usinas e reservatórios projetados para a Amazônia. Sou cético também com pré-sal e o aquecimento global antropogênico. Ao meu ver, uma seita a mais como tantas outras seitas religiosas.
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