Manifestações impedem alta nos combustíveis.
Fuga de investimento inviabiliza 1ª rodada do PRESAL.
A anunciada eliminação dos estímulos do FED combinado com o sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina, diesel e etanol.
Se, o “1º tsunami de dólares” barateava o combustível importado, ainda era possível a equiparação do preço nas distribuidoras. Agora é impossível: imagina o efeito perverso de uma valorização do dólar que encarece o gás, gasolina e etanol importado que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente.
A essa altura dos acontecimentos uma alta no preço dos combustíveis na bomba seria “um tiro no pé” tendo em vista o clamor das ruas. Mas, seria muito pior o aumento inevitável em ano de eleição.
Gasolina aumentando usuários vão consumir menos de outros bens, reduzir viagens e haverá redução no preço desses outros bens. A inflação é um fenômeno monetário.
http://letras.mus.br/vital-farias/49294/#selecoes/380165/
Apressadamente, os governos seguraram o preço das passagens, com medo das próximas eleições. Os estudantes – certamente – vão ter passe livre e aí, quem paga a conta? – é o “Papai Noel”? É claro que todos têm que pagar a conta, seja o usuário ou o contribuinte. Não existe mais ninguém para pagar.
A exploração do petróleo sempre foi movida por promessas não cumpridas, públicas ou privadas. Veja o exemplo do PRÉSAL e das empresas “X”. O descrédito das empresas “X” põe mais dúvida sobre a imagem do Brasil no exterior.
E fácil ser nacionalista, mas pergunte a qualquer funcionário do BB, Caixa, Petrobras e trabalhadores que aplicaram seu fundo (inclusive o FGTS) se estão satisfeitos com os resultados da “mega capitalização da Petrobras”.
A exploração do gás de xisto nos EUA registrou produção recorde em 2012 e o sucesso acabará refletindo no preço comodities inclusive o petróleo. Eventos simultâneos:
– Valorização da moeda dólar, que já está ocorrendo.
– A exploração gera um ambiente propício ao investimento.
– Retorno dos dólares devido a eliminação dos estímulos americanos do FED.
– Aumento da taxa de juros do FED.
“A desvalorização cambial ocorrida no último mês elevou a defasagem dos preços domésticos em relação ao mercado internacional de 9,8% para 15,9%, no caso da gasolina, e de 6,5% para 13,4%, no caso do óleo diesel. O cambio desvalorizado também impacta o endividamento da empresa” (Adriano Pires).
“fuga de dólares” aumenta – momentaneamente –despesa da Petrobras, mas estimula a produção nacional de etanol e de gás. O etanol deve ficar mais competitivo do que a gasolina este ano e se o preço da gasolina for finalmente equiparado – agora mais justificado pela alta do dólar – o etanol premiado de cana tem chance de sair da estagnação dos últimos anos.
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