O PATINHO FEIO
A produção de álcool carburante só subsiste como anidro antidetonante acrescido à gasolina e graças aos eternos subsídios ao diesel para acionar tratores e caminhões do agronegócio, dos quais o álcool pega uma carona na lavoura de cana.
Não tem lógica usar um combustível para produzir parte do outro em condições arcaicas. O álcool usa diesel na parte agrícola e no transporte de 90% de água que vai ser extraída utilizando bagaço úmido de valor desprezível até para oleiros.
Não basta ter rendimento energético positivo que representa apenas gastos correntes. È preciso ter em conta os elevados custos de capital sobre o qual incidem juros na entressafra, ocasião em que as usinas permanecem ociosas.
O mesmo acontece com as usinas de biomassa: Não compensa queimar bagaço apenas porque é gratuito: o processo termodinâmico é arcaico e intensivo em capital.
A CRISE DO ÁLCOOL
Hoje, não é mais a concorrência pela terra em detrimento da produção de alimentos – já reconhecida pelos países industrializados – mas com a destinação do próprio açúcar como alimento e dos fortes estímulos decorrentes da queda das últimas barreiras e substituição dos subsídios por prêmios dobrados aos consumidores do etanol de cana.
No exterior a exigência de frações mínimas de bicombustível adicionado e os custos locais muito mais elevados deverão sugar o álcool do nosso mercado.
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