segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

PRESSÃO DOS DOIS LADOS


PRESSÃO DUPLA Por pressão do ministro e de sua colega, ao mesmo tempo presidente e diretora do conselho, Petrobras freia investimento do plano de expansão. O preço do combustível é apenas um dos itens que apenas mascara o índice de inflação, ao passo que preços reais de gasolina e álcool já constituem desestímulo ao consumo e compra de novos veículos, bem como da entrada dos importados. No entanto, o preço constitui a principal fonte de recursos da empresa que, assim vê frustrado seu novo plano de expansão. Enquanto países industrializados depositam esperanças na aventura temerária do “gás de xisto” para escapar ao estrangulamento dos fornecedores de gás e petróleo, o Brasil se dá ao luxo de reinjetar ou queimar gás natural, por falta de consumidores. Um dos poucos consensos existentes entre os especialistas de energia neste momento é o reconhecimento de que a crise energética, em particular a crise nuclear que se estabeleceu no Japão após o grande terremoto do dia 11 de março, tenderá a beneficiar o mercado internacional de gás natural como a melhor alternativa de curto e médio prazo para se restabelecer o fornecimento de energia elétrica no Japão. “investimentos em etanol, essa decisão vai contra a idéia exposta no Plano de priorizar a eficiência econômica e a rentabilidade”. A lavoura em si é bastante tecnológica. Mesmo o transporte inevitável de água e bagaço tem baixos custos correntes. O que mais pesa é o custo de capital das pesadas instalações cujo processo de transformação é arcaico: exige combustível mais eficiente (gás ou o álcool de sua própria fabricação), tanto na geração de energia elétrica das usinas de biomassa quanto em calor de processo por queima ineficiente do bagaço. Saudado como ponto positivo as pesquisas (com GE) no etanol como combustível para turbinas a álcool para melhorar o desempenho de usinas de biomassa pela co-geração, inclusive em calor de processo na destilação do álcool. “MANUTENÇÃO DOS PREÇOS DA GASOLINA E DO DIESEL CONGELADOS.... “ O álcool não tem condições de concorrer com preço da gasolina e diesel congelados por alguns anos. O processo industrial é mesmo arcaico e requer aperfeiçoamento. Nem mesmo a retirada de tarifas protetoras pelo congresso americano -- durante muito tempo considerado um “cavalo de batalha” -- constitui “tábua de salvação” para o etanol que não tem condições mínimas de abastecimento interno em curto prazo. Só uma disparada improvável no preço internacional do petróleo justificaria maiores investimentos.

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