segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MONOCULTURA DA ELETRICIDADE


O governo já licitou 4 hidroelétricas e planeja outras tantas num país cuja atividade industrial é declinante. Estas requerem uma rede extensa de transmissão mais cara para o transporte de grandes blocos de potência a distâncias para as quais não existe tecnologia disponível em todo o mundo. Um sistema que permanecerá ocioso no período seco. Podem ser deixadas na reserva para quando os países que utilizam combustíveis fósseis não conseguirem mais produzir insumos básicos. Nesta ocasião estocarão lingotes sólidos (Al e Fe) em lugar de energia potencial em reservatórios líquidos de água. Ou, como usinas de fio d´água complementadas por termoelétricas a gás para uso local em geração distribuída. No momento a fonte de energia de que o país mais necessita é de combustível, petróleo e gás, para acionar máquinas do agro-negócio e mineração. Petrobras X Vale Enquanto a Petrobras reduz investimentos na sua atividade precípua que é produzir petróleo e gás, a Vale avança, procurando na siderurgia a garantia para venda do minério que outras siderúrgicas querem produzir. Já garantiu posição em Belo Monte, CSA e em siderúrgicas próprias. Preços altos e demanda asiática favorecem a empresa que bate Record de maior lucro entre as companhias com ações negociadas na Bolsa. ***************************************** ATAVISMO DA MONOCULTURA O Brasil produz tanta hidroeletricidade que pode se dar ao luxo de utilizar os cômodos e anacrônicos chuveiros elétricos ao longo destes últimos 50 anos, fornecendo eletricidade gratuita aos habitantes das favelas e fazendo “vista grossa aos famosos gatos”. Agora que finalmente atingiu a auto-suficiência em petróleo e gás, teima em LEILÃO PORTUGUÊS Este não é bem dizer, um leilão tal como na piada de mau gosto que deu origem ao nome. Dizem as más línguas: “No caso do piano, os alemão fabricam, os franceses tocam e os portugueses carregam”. No caso de produtos tecnológicos, os americanos inventam, os asiáticos fabricam e os brasileiros consomem. Mas condições não são as mesmas para os diversos carregadores. Enquanto alguns dispõem de equipamentos especiais de transporte – Petrobras no caso que tem o monopólio da produção e transporte do gás – outros terão de transportá-los escada acima calçados de tamancos. Conquanto não expressamente declarado no plano mais realista, restringido pelo conselho da empresa, esta é uma “colher chá”, espécie de compensação pelo fato de a empresa ter mantido o congelamento de preço da gasolina para “maquiar índices de inflação”. Outros, mais afortunados contam com a vantagem de produzir por meios próprios tanto o insumo (gás) como o produto (térmicas). Alguns vão “chiar” interpondo recursos, mas o resultado é bom: revela o grande nº de interessados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário