segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

CONSENSO SOBRE SHALE GAS


Um dos poucos consensos existentes entre os especialistas de energia neste momento é o reconhecimento de que a crise energética, em particular a crise nuclear que se estabeleceu no Japão após o grande terremoto do dia 11 de março, tenderá a beneficiar o mercado internacional de gás natural como a melhor alternativa de curto e médio prazo para se restabelecer o fornecimento de energia elétrica no Japão. Adicionalmente, a produção nacional de gás natural norte-americana se recuperou a partir do shale gas o que pressionou ainda mais para baixo os preços no mercado internacional de GNL. O resultado foi o surgimento de um excesso de capacidade de liquefação e de transporte. Por precação o regime de operação do sistema elétrico tem sido alterado de forma a tornar a operação das centrais termelétricas a gás mais frequente. “Alguns fatos recentes indicam que a revisão do regime de operação do setor elétrico é exequível: (i) As descobertas de gás natural no mar e em terra irão disponibilizar volumes relevantes de gás natural nos próximos anos; (ii) A prática comum de despacho de centrais termelétricas por razão de segurança revela a insatisfação com o regime de operação atual do setor elétrico” (Luciano Losekann). Mas, se o custo operacional médio é mais elevado, os riscos por acidentes climáticos são menores diminuindo a necessidade de investimentos em linhas distantes, cujos custos de capital são excessivos. Para avaliar o efeito líquido para o setor elétrico é necessário quantificar as alterações de custo de capital e operacional resultantes da operação mais frequente de centrais a gás.

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