quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

“FAZER SOCIEDADE COM POBRE É PEDIR ESMOLA PRA DOIS”.


A enorme diversidade dos países em desenvolvimento, cada um com suas especificidades, constitui o ingrediente básico para a cooperação espontânea, caminho natural dos novos rumos da globalização da economia. Para haver competição é preciso haver similaridade entre adversários (países industrializados) e objetivos coincidentes (venda de produtos tecnológicos), fato comprovado pela experiência das guerras destrutivas do século passado em busca de mercado para os países conflitantes. No MERCOSUL a maioria dos países é similar, salvo uns poucos complementares como Venezuela, Peru e Bolívia. Por isso não se compreende como possam trocar entre si os mesmos produtos. Isenção de IPI para carros provenientes da Argentina e México acirra ainda mais a competição e não a cooperação. A extrema especialização tornará cada país tão singular e único que em vez da competição haverá cooperação. Tornar-se igual exige esforço competitivo para desenvolver idéias inovadoras. Entretanto, a cooperação atual e passada é um desmentido à convicção de que só a confrontação egoísta e voraz motiva os países para a produtividade. Tornando-se especialista, tudo aquilo de que um país necessita encontrará no mercado, vendendo o seu produto, especial e único, o qual será o complemento de outros. O mercado é neutro: não impõe condições. A ida ao mercado é uma decisão interna de cada um.

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